Tuareg, Telheiras - 2011 |
Melhor digo:
Ele veio, envolveu-me,
Como o saco do lixo,
Negro
...
Um filme a preto e escuro.
Sou marioneta.
E o demónio move-me os fios,
Com amanteigadas mãos,
Das muitas pipocas
Que, deleitando-se, come,
Guloso.
Numa esquina um cavalo,
Em cima o chão,
Ao lado o tecto.
Contudo, saida não há,
Nem tesoura,
Que me corte os fios.
Mato,
Rio,
Esfolo e sorrio,
E ao fundo do buraco sem fundo,
A terra treme.
E enfim findou o meu sono REM.
Suo.
"Que pesadelo."
P.S.: O sono REM é o sono profundo, quando sonhamos. Wikipedia: Sono REM
5 comentários:
Real de mais este sonho!!
Há na vida muitos buracos onde caímos, que vêm ou nos envolvem!
Vou começar a trazer uma tesoura no bolso...
Haha, belo comentário.
Vou começar a ver o Eduardo Mãos-de-Teseoura antes de adormecer todas as noites.
Parabéns Cerdeira! Está muito bom o texto.
Arrisco a dizer que foste buscar alguma inspiração a um certo congresso Miraciência, ou não?
O título recordou-me de imediato uma das apresentações.
Um abraço
Muito obrigado. E sim, é verdade João. Embora eu já tivesse pensar escrever sobre isto, uma certa apresentação incentivou-me e inspirou-me.
Gostei bastante, Zé! Continua a sonhar assim... estou ansiosa por ler o proximo... já escolheste o tema? Pode ser sobre os pequenitos seres da nossa vida... ;) bjs
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