quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Tropeço

Ainda agora meu corpo a cama beijou...
Já o sol me esbofeteia.
Minha silhueta ergo!
Uma perna, outra,
"Porra", enquanto um qualquer objecto
Me pontapeia o ego e a canela.

Já refeito, saio porta fora
(E carapaça dentro, qual caracol)
Hoje tiraram-me o mundo das mãos...

E o chão dos pés.

Bombardeia-me a tormenta,
E os esgares são rajadas, tiros certeiros.
Cada som da batalha urbana é granada, na minha cabeça dorida.
Hoje sobrevivo somente.

Mil braços me agarram,
Mil pés me rasteiram,
Tropeço em tudo e tanto tropeço.
Já sinto o chão como meu.

Para lá do lodo é terra estrangeira,
Mas há-de ser minha pátria um dia.





1 comentário:

Anónimo disse...

PortugUês fOeREVER!