O meu poema mais forçado de sempre, cumprindo as regras métricas e de rima de um soneto italiano ou petrarquiano.
Um lado e outro não páro noite inteira.
Minha almofada porque tanto insistes?
Negar-me o conforto, Oh! porque resistes?
Muito eu beijo a mesa de cabeceira.
Não compreendo essa esquizofrenia.
Oh! porque és dura, e de tão má fronha,
Na manhã mole tentando-me à ronha?
Privar-me quero da tua companhia.
Perturba-me essa doença o sono.
Não sonharei o que ninguém sonhou...
Sonho ainda assim não ser mais teu dono.
Troco-te. E mesmo que isso aconteça.
Pois filho do Homem que sempre sou,
Não há onde reclinar a cabeça.
1 comentário:
Pobre almofada em mais uma noite de insónia!
Muito bom...mesmo seguindo a rima tradicional.
Continua!
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