quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Gente Sertanense ou Lavradores de Amor

Brota, 
Da Terra.
 
A raiz da árvore.

Estes Pedros e Joões
São a mata que povoa,
Onde vem o vento e ressoa.
Nestas terras de boa grei, 
Que o fogo um dia incendeie,
Em vez de folhas, corações!

Desta gente Rude, dizem alguns
Que se julgam todos imunes
Ao verdadeiro julgamento, 
Daquele derradeiro momento,
E eu digo! - honestamente -
Que se há-de ver finalmente
O calibre desta gente
Sincera e que não mente
E por estandarte tem, orgulhosamente:
A figura de uma mulher valente.

Essa gente...

Bela,
Lá de lindas, 
Longínquas localidades.

De terras e maduras idades,
Nos mostrará um dia a alvorada, 
Esta terra, que a mim não me pertence,
 
É de meus pais, qual pátria emprestada.
Que tantas e tantas vezes foi lavrada,
Que tantas e tantas vezes foi amada...

Ai não há de quem, 
Eu tanto e tão bem,
 
De quem tão bem eu pense,
Que desta gente sertanense!




in "Era uma vez a Sertã - histórias e poesias"


O poema é da minha autoria mas os seus direitos pertencem à Câmara Municipal da Sertã, pois o texto foi redigido no âmbito de um concurso literário promovido pela mesma.


P.S.: A foto é de um presépio da freguesia da Cumeada, Sertã, que ganhou um primeiro prémio num concurso de presépios, passo a publicidade.

3 comentários:

Patricia Almeida Alves disse...

Muito bom, Zé!
Espectacular!
Com as tuas palavras, também eu me sinto fazendo parte de uma terra que me foi emprestada...
Parabéns! Verdadeiro talento!

Miguel disse...

Muito bom o poema. Parabéns.

Caramelo disse...

Muito bom...Abraço.