terça-feira, 17 de agosto de 2010

Tango sem parceiro

Passo atrás,
Passo à frente.
Olho de lince
E mão firme,
Ágil.
Lesta.
Calma.


Nem burros, nem ciganos.
Olho, contudo, no café e outro...
No turista, que pede,
Pensando falar o vernáculo.
"Un'acqua, grande."
Os pés, esses,
Voam,
Só tocando o sujo chão
Momentaneamente
(Carecem ainda
das asas de Hermes).


Desenfreado tango sem parceiro
mais... que o tabuleiro.


E, sinfonicamente,
Faç'ess'obra mui transcendente
Que é andar daqui
Para acolá,
Voltando,
Por um mesmo caminho,
De passos.
Iguais.
A trabalhar.

Sem comentários: