Som persegue som,
Como carruagens dum qualquer comboio sem fim.
Não, não é um comboio.
Ou se é, está parado.
Som choca com som,
Como pares dançando sem espaço.
Não, não é uma dança.
Ou é uma dessas ditas novas...
(Que já não o são faz tempo)
Som abafa som,
Como os políticos num debate.
Não, não é um debate.
Sendo, é um desses... sem moderador.
Ah!, mas sim, som provoca som,
Como uma corrente industrial.
Sim, é uma indústria,
Bem produtiva...
Em gargalhadas.
Em disparates.
Eis, alegres, os proletários do disparate.
1 comentário:
Gosto das "carruagens dum qualquer comboio sem fim".
Quer dizer: da figura de estilo, não propriamente deste comboio.
Grande Abraço!
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