segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A viagem



Aí vamos,
Ao som da rádio.

O tempo, incerto,
Tanto nos oferece, frio e insensível,
As pedras pálidas do granizo,
Como nos tira sério quando brilha, amavelmente.


Diz-se pedagogo,
Esse enganador, não é de fiar
,
Que quer mostrar o valor do sol,
Àqueles que vivem as vidas, tropicalmente.

Fraternidade,
É o que me corre nas veias,

Ao olhar aquela barba mal aparada,

Como se da última vez se tratasse, ternamente.

O meu corpo,

Sentado e parado, inactivo,
Ele trata-se bem demais, fiel amigo,
De membros esticados e quente, confortavelmente.

Mais irrequieto,
Vagueia o olhar do menino,

Que pensa que é tão grande, enorme,

(Esse sou eu...) e passeia bastante, fugazmente.

Da tempestade,

Matutina, ventosa e violenta,
É levantada a frágil caruma castanha,

À passagem do aglomerado de metal, instantaneamente.


E vamos,

Ao som da rádio...

Vamos de carro.

1 comentário:

entrelinhas. disse...

sempre a escrever maravilhosamente :)
amei!

saudades