
Saio,
No meu jeito...
profana e rudemente,
Despido da humana preocupação.
E se...
Um dia houvera...
Uma folha d'Outono caída e vadia,
À procura de um amante, porventura companhia,
Era eu...
Ou mais friamente...
Um de meus sapatos,
Gastos, viajantes, castos, de tristes semblantes.
Os dois...
O apêndice caduco...
Da árvore de sábia imobilidade
E o sapato de Inverno do dono, ingenuamente, falso e terno.
Falso,
Porque a alegria, que quem tem olhos vê
Não espelha a serenidade imensa da sua alma.
Mas essa não é fria e "solene", mas quente e perene como o fogo no matagal!
Terno,
Por razões tais,
Que pena e tinta somente
Não chega, mesmo que minta a quem mente, tão convencidamente, qual galo no quintal!
E enfim saio. "Mãe, não sei a que horas volto."
4 comentários:
oi experiencia
Quem diria o Cerdeira virou poeta..
Bacano. Abraço
adorei, esta excelente. Eu gosto especialmente de um aspecto nos poemas, acho que têm assim uma caracteristica assima dar para o enigmático, pelo menos os bons poemas acho que tem essa caracteristica. Eu acho que o teu têm, acho que ao lê-lo se consegue sentir assim uma aura de misterio :).
Gostei mesmo muito do poema, e obrigado pela divulgação do meu blog :P
Sou tua fã , ouviste?
está lindo, LINDO!!
Enviar um comentário